quarta-feira, 30 de março de 2011

NEOBUS "Ligeirão"

NEOBUS  "Ligeirão"
Local: Curitiba - PR
Foto: Davi Boçon


           Com todo respeito e carinho que tenho por meu amigo e companheiro de "caça" Davi Boçon, aqui deixo meu protesto! Claro que não sou subversivo e nem tão pouco contra o progresso, mas vejo da seguinte forma essa situação de troca de veículos quase que diariamente, alguns paises da europa estão mais preocupados com o meio ambiente e já explico o porquê: existe uma LEI no Brasil que foi criada para favorecer os empresários capitalistas vorazes por dinheiro, onde a cada 10 anos a frota de veículos urbanos (ônibus) precisa ser renovada, quem inventou isso? Qual o critério usado? Eu mesmo respondo: dê pão e circo Panem et circenses [ludos]  para o povo segundo as Sátiras (Sátira X, 77–81)  nos tempos de Roma Antiga e tudo se resolve, no caso de Curitiba, bolo; circo e Big Brother à noite. Mencionei europa, mais precisamente Londres com seus ônibus antigos que só agora depois de anos de tradição é que trocaram por outros mais novos. A natureza retribui com muita chuva e deslisamentos devido a tanto consumismo e lixo oriundos desse mesmo consumismo, no caso de alguém não entender o que eu disse, circule por aí e veja quanto ferro velho e naturalmente ônibus; carros e outros veículos que poderiam estar sendo utilizados até hoje e foram destruidos em nome do progresso, ou capitalismo seria o nome? Ma não vou mais me estender sobre esse assunto, depois do aumento da passagem e tantas outras boas notícias vindas do "governo" o melhor que temos a fazer é ir para casa e assistir "Big Brodi".

2 comentários:

  1. Caro Fernando, existe um ditado popular bem antigo que ilustra seu ponto de vista "alguns choram porque apanham e outros porque não lhe dão".

    No ano de 1990 fui testemunha de um episódio ocorrido no terminal rodoviário do Recife - TIP, quando um grupo de passageiros se recuzou a embarcar num Ciferal Dinossauro com destino a Fortaleza.
    Foram à sala do DNER em comissão e exigiram que a empresa trocasse o ônibus alegando que aquele era muito velho.
    Atendendo a ordem do órgão governamental a empresa mandou vir um Viaggio G4 novo da garagem e os passageiros embarcaram cantando vitória.

    O Dinossauro apesar de bem conservado não era mais utilizado nas linhas regulares, principalmente na linha Recife x Fortaleza.
    A empresa o utilizava apenas como reserva para substituir algum carro que por ventura quebrasse na estrada, daí a necessidade dele retornar para a matriz.

    Na saída da cidade o motorista do Viaggio parou alegando que o carro estava com problemas e o velho Dinossauro encostou.
    Os passageiros de cara amarrada embarcaram à contra gosto, pois era isso ou ficar à margem da estrada.

    Dado que o valor da passagem é igual tanto para um carro novo como para um velho, dez entre dez passageiros preferem viajar num ônibus novo do que num ônibus antigo, isso já faz parte da nossa cultura.

    Quanto ao empresário, realmente ele é capitalista e visa lucros.
    Caso ele pudesse usaria um ônibus por 20 ou mais anos, porém existe a curva de custo de manutenção, a qual quando supera o faturamento de há muito o ônibus já deveria ter sido substituído.

    Não é a toa que vemos ônibus antigos rodando na zona rural em lastimável estado de conservação.
    Porque não são bem conservados?
    Justamente porque o custo para mantê-lo impecável supera o faturamento, portanto dá prejuízo.
    Usam até não poder mais, depois canibalizam e vendem o que sobrou para o ferro velho.

    Evidentemente que não sou o dono da verdade, mas vejo a coisa por este ângulo.

    Francisco Souza
    Fortaleza-CE

    ResponderExcluir
  2. Pois é Francisco, esse é realmente um dilema, não faz muito tempo fui à São Paulo em um "Dinossauro", pelo fato de gostar muito desse modelo de ônibus e também haver janelas que abriam, deixei de ir em um veículo mais novo, mas foi muito mais prazeroso, mas a volta foi em outro modelo que nem quero lembrar e pegamos gripe devido ao ar condicionado, pois não há janelas nessas coisas parecidas com besouros fazem hoje em dia. Penso em duas coisas: 1ª) nos claustrófobos, em como se sentem viajando assim. 2ª) nas doenças contagiosas como essa gripe que recentemente matava muitas pessoas e quase ninguém lembra.

    Quanto ao nosso país, vejo que em muitos lugares preservam-se muitas coisas ainda, (graças à Deus!) recentemente um conhecido foi à Minas Gerais e fotografou um ciferal daqueles redondo e que ainda faz linha. Mas Curitiba, os governantes se acham melhores que o restante do país e a regra é apagar e acabar com o "PASSADO", custe o que custar. Amo minha cidade, pois sou curitibano, mas não existe uma só fotografia que mostre a frota de Curitiba nos anos 70 e isso é lastimável, querer progredir é uma coisa, mas apagar o passado é um crime.

    Obrigado Francisco, grande abraço.

    ResponderExcluir